Outro dia, li na Pukara, uma revista aqui de La Paz que trata a questão indígena, um artigo de um historiador boliviano (não me lembro seu nome, pois já não tenho mais a revista) que levantava a polêmica sobre a grafia correta da antiga capital do Império Inca: Cuzco ou Cusco?
Com “z”, a palavra seria de origem quéchua, língua indígena que é tida como a oficial na era dos incas, e seu significado seria “umbigo do mundo”. Com “s”, a origem seria aymara, idioma ainda bastante falado no altiplano boliviano, e a palavra significaria lechuza, coruja em espanhol.
Para o historiador, embora o quéchua de fato acabou sendo a língua oficial dos incas, o idioma usado no início da civilização era o aymara. Portanto, o correto seria Cusco. Ele reforça sua tese dizendo que a tradução de Cuzco para “umbigo do mundo” é apenas uma suposição, enquanto Cusco para lechuza é uma certeza.
Bem, não sei qual o correto, mas, puxando a sardinha para o lado da cidade onde vivo, a partir de agora escreverei Cusco, com “s”. E farei aulas de aymara, pra ver se cusco quer dizer coruja mesmo. (E tentarei descobrir por que raios dariam o nome de coruja para uma cidade)
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
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