Tive que vir morar em La Paz para conseguir ver ao vivo o Maradona jogar. Ele esteve por aqui hoje, numa partida entre Argentina e Bolívia para arrecadar alimentos para as vítimas das inundações no Beni, região amazônica da Bolívia. O “10” veio também apoiar a campanha contra ao veto absurdo que a Fifa deu ao futebol em altas altitudes.
(Naquela velha discussão Pelé x Maradona, acho que não tem dúvida de que o Pelé foi melhor. Na bola. Como pessoa, como caráter, sou muito mais Dieguito)
Para tentar entrevistá-lo (pensei que teria uma coletiva de imprensa depois, mas não teve), me credenciei e pude ficar na beira do gramado. Do lado da Bolívia, estavam Evo e Etcheverry, aquele mesmo que classificou a Bolívia pra Copa de 94, mas no mundial, só jogou uns 10 minutos, porque vinha de lesão e quando entrou, no segundo jogo, foi expulso logo em seguida.
O Evo tem fama de ter sido um ótimo jogador na juventude. Aliás, se não me engano, foi como diretor de esportes do sindicato de cocaleros de Cochabamba que ele começou a aparecer. Mas no começo do jogo, coitado, deu uns passes e uns chutes a gol meio medonhos, sendo até vaiado por uma parte da torcida.
Mas, depois de um tempo, acho que foi “pegando ritmo” e mostrou que sabe alguma coisa. Fez até um golaço. Recebeu uma bola rasteira cruzada da esquerda, matou, driblou o goleiro e tocou para o gol. O público comemorou muito e começou a gritar seu nome.
Já Dieguito, nem seria preciso falar. Está velho, um pouco acima de peso, mas com a bola nos pés, dá aquele show. Deixou companheiros na cara do goleiro, deu lançamentos e fez três gols, inclusive um a la Maradona, vindo correndo do meio de campo, driblando dois ou três e chutando no cantinho.
No intervalo, indo para o vestiário, a torcida começou a entoar um “Dieeegooooo, Dieeegooooo”. Ele parou, acenou, deu socos no peito como demonstrando amor, apontou para o chão e gritou “Sí, se puede correr!”, em apoio aos jogos na altura. O cara tem carisma.
Antes de começar o segundo tempo, foi condecorado como “caballero” pelo governo boliviano. No seu discurso, mais apoio à Bolívia: “Os argentinos não temos medo da altura. Vocês têm que jogar onde nasceram, e isso não pode proibir Deus e muito menos o Blatter”. Foi ovacionado.
O jogo terminou 7 a 4 para a Argentina. Entrando no vestiário, Maradona repetiu o gesto. Bateu com a mão fechada no peito, gritou que era possível correr a 3600 metros acima do nível do mar e até deu um beijo na mão e a levou até o chão, numa imitação mal feita de João Paulo II.
Bem, uma igreja na Argentina ele já tem...
(Naquela velha discussão Pelé x Maradona, acho que não tem dúvida de que o Pelé foi melhor. Na bola. Como pessoa, como caráter, sou muito mais Dieguito)
Para tentar entrevistá-lo (pensei que teria uma coletiva de imprensa depois, mas não teve), me credenciei e pude ficar na beira do gramado. Do lado da Bolívia, estavam Evo e Etcheverry, aquele mesmo que classificou a Bolívia pra Copa de 94, mas no mundial, só jogou uns 10 minutos, porque vinha de lesão e quando entrou, no segundo jogo, foi expulso logo em seguida.
O Evo tem fama de ter sido um ótimo jogador na juventude. Aliás, se não me engano, foi como diretor de esportes do sindicato de cocaleros de Cochabamba que ele começou a aparecer. Mas no começo do jogo, coitado, deu uns passes e uns chutes a gol meio medonhos, sendo até vaiado por uma parte da torcida.
Mas, depois de um tempo, acho que foi “pegando ritmo” e mostrou que sabe alguma coisa. Fez até um golaço. Recebeu uma bola rasteira cruzada da esquerda, matou, driblou o goleiro e tocou para o gol. O público comemorou muito e começou a gritar seu nome.
Já Dieguito, nem seria preciso falar. Está velho, um pouco acima de peso, mas com a bola nos pés, dá aquele show. Deixou companheiros na cara do goleiro, deu lançamentos e fez três gols, inclusive um a la Maradona, vindo correndo do meio de campo, driblando dois ou três e chutando no cantinho.
No intervalo, indo para o vestiário, a torcida começou a entoar um “Dieeegooooo, Dieeegooooo”. Ele parou, acenou, deu socos no peito como demonstrando amor, apontou para o chão e gritou “Sí, se puede correr!”, em apoio aos jogos na altura. O cara tem carisma.
Antes de começar o segundo tempo, foi condecorado como “caballero” pelo governo boliviano. No seu discurso, mais apoio à Bolívia: “Os argentinos não temos medo da altura. Vocês têm que jogar onde nasceram, e isso não pode proibir Deus e muito menos o Blatter”. Foi ovacionado.
O jogo terminou 7 a 4 para a Argentina. Entrando no vestiário, Maradona repetiu o gesto. Bateu com a mão fechada no peito, gritou que era possível correr a 3600 metros acima do nível do mar e até deu um beijo na mão e a levou até o chão, numa imitação mal feita de João Paulo II.
Bem, uma igreja na Argentina ele já tem...
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