quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Massacre em Honduras?

Para quem quer acompanhar as notícias de Honduras sob o ponto de vista popular, recomendo dois bons sites: o HablaHonduras, que é municiado por pessoas "comuns" por meio de seus celulares ou emails; e o Honduras Laboral.

No primeiro, pode-se encontrar uma notícia no mínimo preocupante (que pode ser lida aqui).

Ela diz que Andrés Pavón, do Comitê para a Defesa dos Direitos Humanos em Honduras (CODEH), denuncia um plano militar para fazer soldados se fazerem passar por membros de um suposto comando armado da resistência.

Estes, em 29 de novembro, dia das eleições presidenciais (não reconhecidas pela comunidade internacional, exceto os EUA), efetuariam uma operação de "assassinato em massa" contra membros da União Cívica Democrática, apoiadora do golpe. Assim, a resistência receberia a repulsa da população e perderia apoio, interno e externo. E a ditadura ganharia força para suspender novamente os direitos civis.

Segundo Pavón, tais informações teriam sido repassadas por oficiais militares contrários ao golpe.

Teoria da conspiração? Pode ser, claro. Mas a história já mostrou inúmeras vezes casos parecidos. Aliás, infiltração em organizações de esquerda para provocar a "desordem" já foi e ainda é muito usada pela CIA, como já comprovou muitos documentos secretos que foram divulgados após a queda de seu status de confidencial.

Um dos exemplos é o golpe de Estado no Irã, em 1953, quando a CIA fomentou protestos "populares" contra um primeiro-ministro nacionalista, que havia estatizado o petróleo.

Portanto, pode-se esperar qualquer coisa. E a denúncia de Pavón, no mínimo, pode servir para que o suposto plano seja abortado.

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