Juro que não é porque moro em La Paz. Desde maio do ano passado, quando a FIFA decidiu limitar os jogos na altitude, e quando eu ainda nem sabia que viria para cá, achei um absurdo.
Pois, agora, resolveu voltar atrás “provisoriamente”, à espera de estudos médicos. É o mínimo.
Durante esse ano todo, pelo menos os meses que estive aqui, essa história foi uma espécie de comoção nacional. Manchetes dos principais jornais, o Evo (na foto, de verde) entrando diretamente na campanha de repúdio etc.
Falavam indignados que a ação da FIFA ia contra a universalidade do futebol, e que era discriminatória contra os países andinos. E acho que eles estão certos. Duvido que se países como Brasil, Argentina, Itália etc jogassem na altitude, iam dizer alguma coisa.
Fora que, vamos falar a verdade. As pessoas pintam a altitude como um monstro muito maior do que ele é. Afeta? Claro que afeta. Mas não é tudo isso, ainda mais se estamos tratando de atletas profissionais.
O que todos esquecem é que, internamente, isso também é um “problema”. A Bolívia, por exemplo, não fica só nos Andes. Os times das planícies têm que subir mais de 3 mil metros pra jogar o campeonato boliviano, e várias vezes por ano. E ninguém reclama.
E o curioso é que, das dez confederações sul-americanas de futebol, apenas a CBF (pressionada pelo Flamengo) não apoiou a Bolívia, o Peru e o Equador contra a FIFA. E a seleção e os times brasileiros deveriam ser os menos temerosos a jogar na altura, pela diferença gigante da qualidade do futebol.
Na Libertadores deste ano, o Santos perdeu do San José, de Oruro, aqui na Bolívia, enquanto os dois outros times do grupo, um mexicano e um colombiano, ganharam até com facilidade. O Cruzeiro tomou um cacete do Real Potosí, enquanto o San Lorenzo, da Argentina, ganhou de virada, depois de sair perdendo de 2 a 0.
Ou seja, os times brasileiros perdem porque já vêm com o medo da altitude na cabeça, em vez de esquecer isso e jogar bola.
Pois, agora, resolveu voltar atrás “provisoriamente”, à espera de estudos médicos. É o mínimo.
Durante esse ano todo, pelo menos os meses que estive aqui, essa história foi uma espécie de comoção nacional. Manchetes dos principais jornais, o Evo (na foto, de verde) entrando diretamente na campanha de repúdio etc.
Falavam indignados que a ação da FIFA ia contra a universalidade do futebol, e que era discriminatória contra os países andinos. E acho que eles estão certos. Duvido que se países como Brasil, Argentina, Itália etc jogassem na altitude, iam dizer alguma coisa.
Fora que, vamos falar a verdade. As pessoas pintam a altitude como um monstro muito maior do que ele é. Afeta? Claro que afeta. Mas não é tudo isso, ainda mais se estamos tratando de atletas profissionais.
O que todos esquecem é que, internamente, isso também é um “problema”. A Bolívia, por exemplo, não fica só nos Andes. Os times das planícies têm que subir mais de 3 mil metros pra jogar o campeonato boliviano, e várias vezes por ano. E ninguém reclama.
E o curioso é que, das dez confederações sul-americanas de futebol, apenas a CBF (pressionada pelo Flamengo) não apoiou a Bolívia, o Peru e o Equador contra a FIFA. E a seleção e os times brasileiros deveriam ser os menos temerosos a jogar na altura, pela diferença gigante da qualidade do futebol.
Na Libertadores deste ano, o Santos perdeu do San José, de Oruro, aqui na Bolívia, enquanto os dois outros times do grupo, um mexicano e um colombiano, ganharam até com facilidade. O Cruzeiro tomou um cacete do Real Potosí, enquanto o San Lorenzo, da Argentina, ganhou de virada, depois de sair perdendo de 2 a 0.
Ou seja, os times brasileiros perdem porque já vêm com o medo da altitude na cabeça, em vez de esquecer isso e jogar bola.
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