Aos 30 anos, PT tem em Lula sua maior estrela
Quatro analistas que fizeram parte da história do partido discutem seus rumos e as consequências do lulismo para o país e a esquerda brasileiraRenato Godoy de Toledo
da Redação
O Partido dos Trabalhadores completa 30 anos em 2010 com mais de 1 milhão de filiados, cinco governadores e o presidente da República mais popular desde a redemocratização do país. Em sua história, o PT mudou de base eleitoral, passando a ser um partido com maior representatividade nas camadas mais pobres da população.
Essa mudança, no entanto, teve início durante o primeiro mandato de Lula e consolidou-se no segundo, na esteira das políticas sociais e da própria figura carismática do mandatário. Para analistas, o partido atingiu o objetivo de tornar-se popular mas, para tanto, teve que fazer concessões ao pragmatismo.
O PT comemorou o seu aniversário entre os dias 18 e 20 de fevereiro, no Congresso da legenda que definiu a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à presidência da República. A petista conta com a popularidade de seu maior cabo eleitoral para se eleger.
Antes de entrar no governo, Dilma tinha pouca expressão no PT – partido que acabara de se filiar em 2001, após romper com o PDT. Para alguns, sua candidatura representa um vazio de lideranças que acometeu a agremiação por conta da crise ética de 2005 e pela própria figura de Lula. Segundo tal análise, o lulismo estaria impedindo o PT de formar seus novos quadros.
Para debater os 30 anos do maior partido de esquerda da história do país, a reportagem do Brasil de Fato ouviu quatro personagens que tiveram participação nesses anos de história do partido. Confira as entrevistas a seguir:
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