Aos 46 do segundo tempo da minha “temporada” nos Andes, finalmente pude testar como é o futebol jogado a mais de 3 mil metros de altitude.
Foi a um pouquinho menos que 3.600, já que a pelada foi disputada na zona sul da cidade, que é mais baixa. Era uma quadra de salão numa bonita praça do bairro de Achumani, de classe média alta, cercada por morros secos e escarpados.
A altitude não atrapalhou em nada, mesmo porque, a essa altura do campeonato (sacaram o duplo trocadilho?), já estou mais do que adaptado. Mas a falta de preparo físico depois de um ano sem fazer nenhum tipo de esporte (fora as caminhadas pelas ladeiras de La Paz) influenciou e muito.
Enquanto eu e o Gonzalo, um amigo boliviano, esperávamos o resto chegar (era domingo de manhã, imaginem a ressaca dos jogadores), decidimos nos aquecer numa mini partida de basquete contra dois desconhecidos, mas que eram donos da bola.
25 a 23 para eles, o que não ficou nada mal para quem não jogava esse esporte há uns dois ou três anos (tanto eu como Gonzalo). Mas já senti um cansaço insuportável. Cansaço que se repetiu no futebol, momentos depois. Dez minutos de partida e eu já estava com a língua para fora e agachado, com as mãos no joelho.
Resisti, ajudado pelos períodos no gol e fora da quadra (havia três times), mas meu futebol ficou mesmo no mais ou menos: um gol bonito, outro fácil, dois inacreditavelmente perdidos, um furo no tênis novo e dores em todo o corpo durante o resto do domingo e a segunda-feira inteira.
Mas foi perfeito para matar a saudade.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
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2 comentários:
comandantis, vai se preparando que vamos jogar bola duas vezes por semana quando vc voltar. e, modéstia a parte (para variar), estou começando a voar...
abs,
luís.
Brasilinis,
Minha única vantagem vai ser mesmo o oxigênio a mais, pq a forma física tá lamentável, hehe.
Abraço
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