Nesta sexta-feira (19) movimentos populares, sindicais, pastorais e partidos de esquerda promovem um ato em defesa da democracia na Bolívia e denunciam os ataques da oligarquia boliviana, que tenta desestabilizar o governo e derrubar o presidente Evo Morales.
O ato será às 16 horas, no Consulado da Bolívia. Será entregue uma carta à Cônsul, assinada pelas entidades, condenando "firmemente os setores oposicionistas bolivianos que vêm se utilizando da violência contra comunidades indígenas e camponesas, destruindo bens estatais, sabotando a economia nacional e as riquezas naturais, fechando fronteiras, inclusive com o nosso país, e fomentando uma guerra civil".
"Nós, povos latino-americanos e organizações sociais, temos o dever de fazer uma grande mobilização em solidariedade ao Evo Morales para que ele consiga intensificar as reformas em favor do povo boliviano, especialmente o povo índio e mestiço, que foram os grandes prejudicados nesses 500 anos. Agora se trata de fortalecer do governo, que no referendo teve mais de 60%, ou seja, o povo está com ele e quer mudanças", afirma o integrante da coordenação nacional do MST e da Via Campesina, Egídio Brunetto.
As entidades que convocam o ato são MST, Casa da América Latina, Intersindical, CUT, Morena - Círculos Bolivárianos, Central de Movimentos Populares, PCB, PT, PSOL, MTL, Jubileu Sul, PACS, entre outras.
O ato será às 16 horas, no Consulado da Bolívia, que fica na Avenida Rui Barbosa, 664, Flamengo.
Segue abaixo a Carta de solidariedade. __________________________________________________________________
SOLIDARIEDADE AO POVO E AO GOVERNO BOLIVIANO
As organizações políticas e sociais que firmam o presente manifesto dirigem-se aos povos irmãos e instituições da América Latina em geral e do Brasil e da Bolívia, em particular, no sentido de hipotecar solidariedade ao Presidente Evo Morales e ao processo de mudanças democráticas e culturais em curso na Bolívia, diante da radicalização dos conflitos políticos e sociais no país, provocada por setores oposicionistas que não respeitam a vontade majoritária do povo boliviano.
É preciso lembrar que o Presidente boliviano foi eleito legítima e democraticamente, assim como a Assembléia Nacional Constituinte, que já cumpriu sua tarefa de elaborar uma proposta de nova constituição, também foi criada e eleita pela vontade soberana do voto popular. Ressalte-se que o governo boliviano se conduz estritamente nos marcos legais e democráticos e procura fazer com que os recursos naturais do país estejam a serviço do conjunto da população.
O mandato do Presidente foi inclusive confirmado recentemente por mais de dois terços dos bolivianos, numa consulta popular, por ele mesmo convocada, que vinculava textualmente a continuidade do seu mandato à aprovação do processo de mudanças que lidera.
Diferentemente dos chamados "referendos autonomistas" realizados no primeiro semestre deste ano em alguns departamentos, esta consulta popular recente, que teve a maior participação popular da história boliviana, foi legitimada pela participação de todas as forças políticas (inclusive as que hoje recorrem à violência), de observadores internacionais da OEA e de dezenas de países, tendo sido organizada e processada pela Corte judicial eleitoral do país.
Assim sendo:
1- condenamos firmemente os setores oposicionistas bolivianos que vêm se utilizando da violência contra comunidades indígenas e camponesas, destruindo bens estatais, sabotando a economia nacional e as riquezas naturais, fechando fronteiras, inclusive com o nosso país, e fomentando uma guerra civil.
2- repudiamos com veemência as manifestações de racismo e todas as atitudes que atentem contra as liberdades democráticas, a integridade territorial, a soberania nacional e o caráter plurinacional do Estado boliviano.
3- conclamamos os povos, autoridades e instituições brasileiras e dos demais países latino-americanos a prestarem solidariedade ao povo boliviano, condenarem qualquer intento golpista ou separatista e a respaldarem o governo legitimamente constituído.
Brasil, 19 de setembro de 2008
Associação Cultural José Martí, Assembléia Popular Nacional, Adufrj - Ssind, Casa da América Latina, Central dos Movimentos Populares - CMP, Centro Cultural Antonio Carlos de Carvalho - CECAC, Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do RJ, Corrente Comunista Luiz Carlos Prestes, Conam, Campanha Tirem as Mãos da Venezuela, CUT Nacional, Esquerda Marxista, Fam Rio, Forum de Meio Ambiente do Trabalhador - Sepetiba, RJ, Federação Democrática Internacional de Mulheres - FDIM, Intersindical, Jubileu Sul Brasil, Luta FENAJ, Morena - Círculos Bolivarianos, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra - MST, Mandato Deputado Marcelo Freixo- PSOL, Mandato Vereador Renatinho - PSOL/Niterói, Movimento Direito Para Quem? - DPQ, Movimento das Fábricas Ocupadas, Movimento Terra e Liberdade - MTL, Movimento Resistência Camponesa, Piauí, Nossa América, PACS, Partido Comunista Brasileiro - PCB, Partido dos Trabalhadores - PT, Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, Refundação Comunista, Rede Alerta Contra o Deserto Verde - Rio de Janeiro, União da Juventude Comunista
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
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